Quase seis meses após o leilão que definiu a empresa Aegea como responsável pela concessão de água e esgotamento sanitário em todos os municípios do Piauí, avança por todo o estado o processo de transição entre a Agespisa e a Águas do Piauí. Técnicos da empresa percorrem o estado para conhecer o sistema e as demandas apresentadas, para os gestores da Águas do Piauí um dos maiores desafios será reduzir a falta de água que atinge as cidades do interior especialmente no período mais seco do ano.
No início do mês o governo decretou emergência em 129 cidades devido à seca verde que atinge o estado, conforme o documento todo o território piauiense está sofrendo com a irregularidade das chuvas e a redução dos volumes hídricos em barreiros, rios, riachos, especialmente na região centro-norte, na divisa do Piauí com o Ceará.
Com um investimento de R$ 9,6 bilhões, o projeto abrange áreas urbanas e rurais. Além de melhorias no fornecimento, o projeto incluirá a geração de quase de 8 mil empregos diretos e indiretos, ao longo dos 35 anos de contrato.
Dentre as metas, o contrato estípula que a empresa deverá fornecer água potável para 99% da população até 2033 e a cobertura de 90% em coleta e tratamento de esgoto até 2040.
Guilherme Dias, diretor-presidente da Águas do Piauí, detalhou como está o processo no Piauí.
“A transição dos serviços, ela vai funcionando em duas frentes. Existe uma frente de campo, ou seja, as equipes da Águas do Piauí estão percorrendo todo o Estado, todos os 224 municípios, para conhecer os sistemas e entender quais são as principais demandas e necessidades no curto prazo. E tem a segunda frente, que são as reuniões que ocorrem aqui na cidade de Teresina. O que é importante até salientar é que o contrário de concessão envolve não somente os 157 municípios operados pela Agespisa, mas os demais 67 que são operações feitas pelos próprios municípios e que contempla os 224 municípios que compõem a MRAE, que é a micro região de Água e Esgoto”, afirmou.
O gestor salientou os principais desafios deste início de governo.
“Nesse primeiro momento, a nossa principal preocupação vai ser reduzir a falta da água nos municípios do Estado, principalmente no período BR-O-BRÓ. É por isso que a gente fala, quando fala desse projeto, ele tem uma abrangência muito maior. Ele não vê só a zona urbana, ele vê também a zona rural. Então a população da zona rural também é contemplada por esse contrato de concessão, o que é o ineditismo desse contrato no país. É quando a gente fala, olhando essa preocupação, tanto da zona urbana como da zona rural, que esse é o maior projeto de transformação social da história do Piauí”, destacou.
Investimento
Guilherme Dias explicou também o montante que será investido nestes primeiros meses.
“O que muda, logo no início das nossas operações, é o volume de investimentos que vai ser feito no estado. Nos dois primeiros anos, nós vamos investir R$ 1,6 bilhões nos 12 territórios de desenvolvimento econômico do Estado, num contrato que vai investir R$ 9,6 bilhões ao longo dos seus 35 anos. Muda também a geração de emprego, vão ser mais de 7.300 empregos diretos e indiretos gerados ao longo do nosso contrato de concessão. E muda com uma melhoria”, finalizou.
Fonte: Cidade Verde